Infraestrutura

VÍDEO: Estado de conservação da Estrada do Perau muda ao longo do trajeto

Dandara Flores Aranguiz

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A Estrada do Perau, que liga Santa Maria a Itaara, é um dos cartões-postais das duas cidades. Mas, há tempos, quem sobe ou desce a Serra percebe que as condições do trecho mudam conforme muda a administração. Do lado de Santa Maria, há muito mato, calçamento esburacado e depredação. Do lado de lá, a pintura está em dia, a grama foi aparada e as estruturas seguem em pé. A estrada não é asfaltada, mas, mesmo assim, é possível perceber a diferença do calçamento de um lado para outro.

Ao todo, a estrada tem cerca de quatro quilômetros de extensão. O trecho que pertence a Itaara é menor do que o de Santa Maria (cerca de um quilômetro de diferença). Devido a isso, manter a conservação em dia é tarefa mais fácil para a cidade serrana. Na manhã de terça-feira, funcionários da prefeitura de Itaara trabalhavam no corte de grama e na pintura do meio-fio. Segundo o prefeito, Rony Sérgio Carnieletto (PP), 80% dos trabalhos já estão concluídos.

– A cada dois ou três meses, uma equipe se desloca para fazer os reparos, principalmente após as grandes chuvas. Neste momento, estamos trabalhando para deixar a estrada em melhores condições para as festas de final de ano e para o verão, já que o movimento aumenta. Até o dia 17 de dezembro, o serviço deve estar concluído – garante Carnieletto.

Relevo influi na conservação

Para o secretário de Obras e Infraestrutura de Santa Maria, Tubias Calil, a diferença no relevo dos dois trechos afeta diretamente a conservação da estrada. Para ele, a parte santa-mariense é mais difícil de manter por ser maior e mais íngreme, o que faz com que a água da chuva destrua o calçamento. Conforme ele, o cenário se agravou com os temporais de outubro, com mais crateras abertas e com desmoronamentos de terra às margens da estrada.

– Além disso, a equipe que trabalha para limpar o Perau é a mesma que atua em outras áreas da cidade. Só este ano, já fizemos seis intervenções, entre pintura, corte de grama e limpeza. A cada dois meses, uma limpeza é programada, mas o lixo acumulado e a depredação são fruto do que as pessoas fazem ali – argumenta o secretário.

Segundo Tubias, oito funcionários da prefeitura trabalham no local desde a manhã de terça-feira em uma ação de recomposição do calçamento e limpeza.



Fiscalização seria importante

Para o militar da reserva Dilvio Silveira de Moura, 71 anos, a sensação de abandono no trecho de Santa Maria poderia ser menor se o trânsito de caminhões no local fosse fiscalizado. Moura, que é dono de um bar que fica às margens da estrada, em Itaara, diz que é comum alguns clientes chegarem até o local sem o cano de descarga do carro ou precisarem acionar o guincho:

– Eu moro aqui há 20 anos e conheço cada buraquinho desta estrada, então, ela não me pega mais. O que eu percebo é um desleixo da parte de Santa Maria. Às vezes, fazem o serviço pela manhã e, pela tarde, vem uma chuva e leva tudo embora. Tinham de fiscalizar o serviço para saber se é benfeito ou não – afirma.

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